sexta-feira, 5 de maio de 2017

LYGIA FAGUNDES TELLES



Trabalho das alunas: Vitória e Raíssa 9B

Descrição do livro

Esta reunião de oito contos escritos por Lygia Fagundes Telles em épocas e circunstâncias diversas atesta não apenas a excelência da prosa da autora mas também a sua condição de notável “pesquisadora de almas”, conforme a definiu o crítico Nogueira Moutinho.

Os protagonistas destas histórias encontram-se, em geral, numa relação crítica com as pessoas e ambientes que os cercam – e também consigo próprios. Secretos podres familiares, desenganos amorosos, vocações frustradas, o desejo extraviado, nada é confortável nessas narrativas descontínuas, que alternam descrição objetiva, discurso indireto livre e fluxo de consciência, num autêntico tour de force literário. A vida, parece nos dizer a autora, é frágil, fugaz e misteriosa como uma bolha de sabão.




Descrição do livro

Não foram muitos os escritores que, no auge da ditadura militar no Brasil, abordaram em seus textos temas como a repressão e a tortura e escreveram obras de contestação como As meninas , de Lygia Fagundes Telles. Livro árduo, dolorido e lindo, As meninas relata os conflitos no relacionamento de três jovens que têm entre si um ponto em comum, a solidão, e como pano de fundo os governos militares. Três universitárias compartilham com algumas freiras um pensionato em São Paulo. Ana Clara gosta de um traficante e vive drogada. Lia briga contra o regime. Lorena, filhinha de papai, ajuda as outras duas com dinheiro. Lia se envolve com Miguel, que é preso e trocado por um diplomata. Sem ligar para a política ou as drogas, Lorena se apaixona por um médico casado e pai de cinco filhos. Um enorme espaço separa o universo das pensionistas e seus dramas das religiosas, que se apavoram com a liberdade das três moças. Cada uma das personagens é um poço de conflitos e monólogos interiores que vêm à tona através das confidências íntimas de cada uma e que se ligam à miséria política e cultural da época. O texto de Lygia Fagundes Telles não cai na vulgaridade, não se banaliza apesar do tema. A linguagem é coloquial e expressiva e os diálogos abandonam as conveniências formais. As meninas de Lygia são, afinal, as jovens do nosso tempo, saídas da adolescência e ingressando na plenitude da mocidade. Nada mais atual. Apontada pela crítica como um sucesso absoluto, As meninas é uma obra que resultou do esforço de três anos de trabalho dessa autora perseverante, que valoriza a palavra e mostra, através de seus textos, a luta de todos nós em defesa da liberdade.






Descrição do livro

Em Seminário dos Ratos, publicado pela primeira vez em 1977, Lygia Fagundes Telles lança mão de toda a sua maestria narrativa para explorar regiões recônditas da psique e do comportamento humanos. Em várias das suas catorze histórias a autora se aventura pelo fantástico como modo privilegiado de acesso ao real. Mas o fantástico de Lygia recusa as facilidades do chamado realismo mágico, apresentando-se a cada vez de maneira diversa e surpreendente. Alternando tempos narrativos, passando com desenvoltura da primeira à terceira pessoa, usando com destreza o discurso indireto livre, Lygia Fagundes Telles atinge neste livro a proeza de conciliar uma construção literária altamente complexa com uma capacidade ímpar de comunicação com o leitor.





Descrição do livro

Os dez contos reunidos neste livro foram publicados por Lygia Fagundes Telles entre 1958 e 1981. Em ‘Um Coração Ardente’, um rapaz se apaixona por uma moça sem saber que ela é prostituta e, depois, tenta regenerá-la. Em ‘Biruta’, um menino órfão cujo único consolo e companhia é seu cão de estimação vê-se traído pela família que o adotou como uma espécie de agregado. Em ‘Emanuel’, o amante inventado por uma moça solitária em um mecanismo de defesa contra as zombarias das amigas acaba por ganhar existência real. ‘As Cartas’, por sua vez, narra o empenho de uma mulher para proteger a correspondência comprometedora de uma amiga com um político casado. Já o entrecho de ‘A Estrela Branca’ é o transplante de olhos que devolveu a um cego a visão – mas não o controle sobre ela. Em ‘O Noivo’, um homem acorda no dia do seu casamento sem se lembrar quem é a noiva, e a revelação de sua identidade o chocará tanto quanto ao leitor. ‘O Encontro’ é uma fantástica viagem a vidas passadas.







Descrição do livro

Reunião de narrativas escritas entre 1949 e 1969, Antes do baile verde é considerado por muitos críticos o livro de contos literariamente mais bem-sucedido de Lygia Fagundes Telles. As situações narradas são as mais diversas. Em “A caçada”, um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já no macabro “Venha ver o Pôr-do-Sol”, um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema de “Apenas um Saxofone”, “Um Chá bem Forte e Três Xícaras”, “O Jardim Selvagem” e “As Pérolas”. Mas o enfoque é sempre diverso e surpreendente. Em “O Menino”, por exemplo, uma infidelidade conjugal é observada de modo oblíquo, pelos olhos de um garoto que vai ao cinema com a mãe. Mas o escopo humano e literário de Lygia não se restringe aos dramas de casais. “Natal na Barca” é uma pequena parábola, com final epifânico. “Meia-noite em Ponto em Xangai” é o balanço que uma prima-dona da ópera faz de sua vida solitária e vazia. Em “O moço do Saxofone” um motorista de caminhão hesita em ir para a cama com uma mulher casada numa pensão de beira de estrada. Em “A Janela”, um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu. Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe aqui no mais alto grau sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.






Descrição do livro

Quando um casal de classe média se separa, a caçula, Virgínia, é a única das três filhas que vai morar com a mãe. É do ponto de vista dessa menina deslocada e solitária que se narram os dramas ocultos sob a superfície polida da família. Loucura, traição e morte são as forças perversas que animam esse singular romance de formação, que já na época de seu lançamento, em 1954, chamou a atenção para o talento e a originalidade da literatura de Lygia Fagundes Telles. Saudado com entusiasmo por intelectuais como Antonio Candido, Paulo Rónai, Otto Maria Car-peaux e Carlos Drummond de Andrade, “Ciranda de Pedra” mantém-se há meio século como um dos livros mais amados da autora.





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